As fotografias, documentos e textos deste blog fazem parte do acervo de Aluízio Palmar, que foi composto com a colaboração de vários pioneiros de Foz do Iguaçu. Está autorizada a reprodução dos conteúdos e agradecemos a citação da fonte.


quarta-feira, 30 de abril de 2014

FOTOS DE FLORA RAHMEIER E FILHOS


Família reunida
Família reunida em dia de festa
A pioneira Flora Rahmeier chegou em  Foz    do     Iguaçu na década de 20. Ela e seus irmãos e irmãs viajaram de carroça desde União da Vitória. Seu pai Carlos e sua mãe Frida vieram para a  fronteira em busca de terra fértil e suficiente para criar os filhos. 
Dona Flora e filhos 
Em 18 de maio de 1940, Flora casou com o iguaçuense Leonardo Almeida e o casal teve seis filhos.
Flora ficou viúva com 33 anos e durante toda sua vida trabalhou, hora costurando pra fora, hora trabalhando em hotéis, geralmente no cargo de governanta..
Hoje, com 93 anos, dona Flora mora no Bairro Maracanã.
  






PERSEGUIÇAO AOS COLONOS ALEMÃES E ITALIANOS EM FOZ DO IGUAÇU DURANTE SEGUNDA GUERRA

Em 1942 foi decretada a “Lei de Fronteira” que dava total autonomia para as autoridades policiais e militares agirem no controle e repressão às colônias alemãs e italianas no Brasil. As informações foram desencadeadas a partir de informações coletadas, que davam  conta da existência de uma forte organização ligada ao Partido Nazista  Alemão, através da Ação Integralista Brasileira, dirigida por Plínio Salgado. Entre as organizações que atuavam no Brasil estavam os Círculos de Apoio ao Partido Nazista, a Juventude Teuto-Brasileira, a Comunhão das Mulheres Nazistas e outras. Exerciam estas organizações uma flagrante autoridade sobre as escolas, hospitais, maternidades, sociedades de todo o gênero,comércio e indústrias pertencentes a alemães.Não é, portanto, de se estranhar que, dentro deste contexto, a colônia alemã de Foz do Iguaçu sofresse perseguições, provocadas, na maioria das vezes,  por informações de indivíduos  interessados em estar bem com as autoridades e por aproveitadores que estavam de olho nas propriedades dos colonos.
Naquela época o medo reinava entre os colonos de origem alemã e italiana, espalhados em pequenas e médias chácaras ao longo da Estrada Velha para Guarapuava e nas regiões de Santo Alberto e São João.
Havia rumores de que os colonos estavam fazendo reuniões e que muitos de seus membros colaboravam com o nazismo.
É aí que entra em cena o escrivão de polícia, Aracy Albuquerque Neira, considerado por muitos como um dos responsáveis pelas perseguições e prisões ocorridas em Foz do Iguaçu.
Falar alemão naqueles dias era extremamente perigoso. Podia significar prisão, confinamento ou morte. Testemunhas desses acontecimentos acusaram o delegado Cláucio Guiss e o agrimensor da prefeitura Otto Kucinski, como responsáveis pelas informações chegadas a Curitiba de que “os alemães de Foz do Iguaçu estavam se armando e que durante as reuniões gritavam a famosa saudação nazista “Heil Hitler”.
Devido a esses boatos, muitos colonos foram presos e enviados para Guarapuava . Os documentos anexados informam os desterros e retorno de famílias pioneiras de Foz do Iguaçu, como, a família Nadai, Kapfenberger, Holler, e outras

PÁROCO DE FOZ DO IGUAÇU FOI ACUSADO DE NAZISTA

Prisão do Pároco de Foz (1ª Parte)


De 1937 à 1944, o então Pároco da Prelazia de Foz do Iguaçu, Monsenhor Dom Manoel Konner penou nas mãos das autoridades da época. Assim que o Brasil entrou na guerra alemães, italianos e japoseses que moravam no Brasil foram perseguidos e muitos chegaram a ser presos. Contra Dom Manoel Koenner havia a acusação de cumplicidade com o nazismo, devido ao fato dele ter guardado caixas com materiais suspeitos deixados no Prédio da Prelazia em 1934 pelo Arquiduque Albrech de Habsburgo.
No dia nove de outubro de 1943, dom Manoel Koenner foi condenado a três anos de prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional. Sua libertação só foi possível graças aos pedidos encaminhados  pelos religiosos à dona Carmela, esposa do então ministro da Guerra, marechal Eurico Gaspar Dutra, conhecida por sua extremada fé católica. Seu caso foi revisto pelos juízes, tendo sido absolvido e reabilitado em sua plenitude. Três anos depois, já eleito presidente da República,sempre influenciado por dona Carmela, Dutra cancelou o registro do Partido Comunista, cassou o mandato de seus parlamentares e fechou os sindicatos. Foi, sem dúvida um carrasco da classe trabalhadora e bom amigo e protetor do clero. Suas simpatias pela causa integralista e pelo fascismo eram conhecidas publicamente.

ESTRANGEIROS TINHAM LIMITAÇÕES PELA LEI DE FAIXA DE FRONTEIRA

Quando Bonifácio Palma aportou em Foz do Iguaçu decidiu abrir um bar e restaurante na Avenida Brasil. Porém, naquele ano de 1955 vigorava a Lei  da Faixa de  Fronteiras que exigia uma autorização especial  e um depósito para estrangeiros se estabelecerem na região.
LEI N. 2.597 – DE 12 DE SETEMBRO DE 1955
Dispõe sobre zonas indispensáveis à defesa do país e dá outras providências.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É vedada, nos termos do art. 180 da Constituição, nas zonas indispensáveis à defesa do pais, a prática de atos referentes à concessão de terras, à abertura de vias de comunicação à instalação de meios de transmissão, à construção de pontes e estradas internacionais e ao estabelecimento ou exploração de indústrias que interessem à segurança da Nação sem o prévio assentamento do Conselho de Segurança Nacional.
Parágrafo único. As autorizações poderão ser a qualquer tempo modificadas ou cassadas pelo referido Conselho.
Art. 2º É considerada zona indispensável à defesa do país a faixa interna de 150 (cento e cinqüenta) quilômetros de largura, paralela à linha divisória do território nacional, cabendo à União sua demarcação

ITAIPU ABAIXO DA COTA 40

Primeira parte do videodocumentário realizado pelas jornalistas Adriane Tannouri e Sammela Lugo como trabalho de conclusão de curso.



EDIÇÃO QUENTÍSSIMA DO JORNAL “O TRABALHADOR”, DE GUARANÁ DE MENEZES

O jornal O Trabalhador era editado em Foz do Iguaçu. por Guaraná de Menezes e Heraldo Bastos. A edição número 11, de Maio de 1959, traz matérias sobre a ação do jaguncismo na região Oeste do Paraná, declarações rotundas de Ezoel Portes e Ney Wadson dos Santos, uma extensa matéria sobre a construção da Ponte sobre o Rio Paraná, ligando o Brasil ao Paraguai e a exibição do filme O Principie e o Parisiense, com Brigite Bardot.
A edição, raríssima, pode ser visualizada em PDF e também em JPEG.

JK PROMETEU INAUGURAR PONTE DA AMIZADE ATÉ O FINAL DE SEU MANDATO

Apesar o rítmo dado por Juscelino Kubitschek e  a contratação de duzentos e cinquenta homens foram para a construção da ponte da Amizade que liga Brasil ao Paraguai, a obra nao foi terminada no prazo previsto. Sua inauguração ocorreu .somente em 1965.

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