As fotografias, documentos e textos deste blog fazem parte do acervo de Aluízio Palmar, que foi composto com a colaboração de vários pioneiros de Foz do Iguaçu. Está autorizada a reprodução dos conteúdos e agradecemos a citação da fonte.


sexta-feira, 9 de maio de 2014

BARRAGEIROS - A FORÇA OBRERA NA CONSTRUÇÃO DE ITAIPU


O transporte dos operários que construíram a Usina de Itaipu reflete muito bem divisão social do trabalho. Os barrageiros eram conduzidos para o “canteiro de obra” em veículos imensos, com carrocerias construídas especialmente para levar grande numero de trabalhadores.
Os “cata barrageiro” , como eram conhecidos, percorriam bairros e cruzavam o centro apanhando os peões, que aguardavam nos pontos. Eles viajavam em pé, espremidos e durante horas tinham de enfrentar o barulho constante, o calor insuportável e o ritmo nervoso  de trabalho determinado pelo cronograma da construção de Itaipu. 
(Foto acervo jornal Nosso Tempo - 1980)  

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A FAÇANHA DA CONCRETAGEM DA REPRESA DE ITAIPU


Começa uma nova e efervescente etapa da construção da Hidrelétrica de Itaipu Binacional.
A concretagem da represa principal.

Em um só dia, 14 de novembro de 1978, são despejados 7.207 metros cúbicos de concreto, o equivalente a um edifício de dez pisos cada hora, o seja, 24 edifícios no mesmo dia.

terça-feira, 6 de maio de 2014

A MAJESTOSA PALMEIRA DO TRI


A palmeira da fotografia era conhecida como Palmeira do Tri, em homenagem ‘a seleção de futebol do Brasil que havia conquistado o Tricampeonato Mundial.
Ela nasceu e cresceu na margem brasileira do Rio Paraná e chamou atenção por ser três palmeiras em um só tronco. Quando tinha quase trinta anos a palmeira anômala foi transplantada da barranca do Paranazão para a Praça Almirante Tamandaré. Durante anos ficou ali, majestosa, decorando a praça que fica em frente ao antigo Hotel Cassino, hoje sede do Senac, até que morreu no segundo semestre de 1990.

   Fotos do site WWW.nossotempodigital.com.br

 

REVOLTOSOS PAULISTAS E GAÚCHOS EM FOZ DO IGUAÇU


Monsenhor Guilherme, Saulo Ferreira e os revoltosos
Revoltosos ocupam casa da família Schimmelpfeng.
 De terno branco o compositor Samuel Aguaio
O ano de 1925 iniciava de forma tranquila para a pequena cidade de Foz do Iguaçu, mas pelo Brasil afora fortes tensões e graves problemas políticos cresciam desde 1922. Estouravam vários levantes armados pelo país, com os mais sérios ocorrendo em São  Paulo e no Rio Grande do Sul. O presidente Arthur Bernardes (1922-1926) governou o país em constante estado de sítio, apoiado por lideranças rurais, em um sistema que isolava politicamente os grupos urbanos. Diante desse quadro, a classe média em ascensão - militares, funcionários públicos, pequenos proprietários e trabalhadores em geral - começaram a reivindicar sua fatia no bolo. O clima de tensão culminou no tenentismo, movimento que promoveu vários levantes contra o governo, como o ocorrido em São Paulo em julho de 1924.

Estes movimentos eram sempre motivados pela insatisfação generalizada da jovem oficialidade militar em relação a política do então presidente da República, o mineiro Artur Bernardes. As forças do governo em pouco tempo esmagam estas ações, mas os grupos revoltosos de São Paulo e do Rio Grande do Sul resistem e formam duas colunas revolucionárias. Os paulistas eram comandados pelo general Miguel Costa e os gaúchos pelo tenente engenheiro Luís Carlos Prestes. No dia 11 de abril de 1925 os dois grupos se encontram em Foz do Iguaçu. Deste encontro os revoltosos, como ficaram conhecidos na época, decidem realizar a “guerra de movimento”, percorreu 25 mil km pelo interior do Brasil.

 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

J.MELLO, O GENTIL ASSESSOR DE IMPRENSA DA CÂMARA MUNICIPAL NA DÉCADA DE 80


Eu conheci o Mello desse jeito, fone de ouvido devidamente colocado nos auriculares e fazendo anotações sobre a sessão da Câmara de Vereadores. Isso foi na década de oitenta,nos primeiros anos.  Ele escrevia os releases, fornecia ata da sessão quando solicitado e distribuía fotos. E isso ai, o velho Mello era um faz do repórter, fotografo e assessor. Atendia a imprensa e ajudava Nuria,Renate e Joni.  Todo mundo o conhecia por Mello, ou J.Mello - como ele assinava seus artigos e poesias.  Bem mais tarde fiquei sabendo que o nome do gentil assessor de imprensa da Câmara Municipal era Paulo Menezes Ferraz.  

domingo, 4 de maio de 2014

A PRISÃO DO PÁROCO DE FOZ DO IGUAÇU


As acoes dos dedo-duros durante a segunda guerra mundial não perdoaram nem as autoridades religiosas. Em 1942, a partir de uma denúncia  do
escrivão Aracy Albuquerque Neira, o prelado de Foz do Iguaçu, monsenhor dom Manoel Koenner, foi preso e processado sob a acusação de “haver praticado delito previsto  pelo artigo 13  da Lei de Segurança Nacional”. As autoridades policiais alegaram como motivo para a prisão, ocorrida em 19 de janeiro de 1942, terem encontrado uns caixotes na Prelazia, contendo armas de caça, munição,discos alemães e materiais de farmácia, entre outros objetos.
Em seu relatório, o delegado regional de Polícia, Gláucio Guiss, chegou ao cúmulo de afirmar que a congregação do Verbo Divino, a que pertencia dom Manoel Koenner, era uma “grande rede de espionagem alemã no Brasil”.
Na ânsia de mostrar serviço aos seus superiores, o delegado Gláucio Guiss informou, no relatório que escreveu às autoridades de Curitiba, que nos caixotes depositados na prelazia, foram encontrados “material bélico e munições de guerra, além de propaganda da Ação Integralista do Brasil, organização de inspiração fascista e dirigida por Plínio Salgado”.     
Já em seu depoimento, prestado ao delegado Gláucio Guiss em 19 de janeiro de 1942, dom Manoel Koenner afirmou que desconhecia o conteúdo dos caixões, nos quais nunca mexeu  por recomendação de seus antecessores, padres Theodoro Harnecke e Vicente Hackl, presumindo serem de propriedade de um “arquiduque, um médico, um químico e um piloto, todos de nacionalidade húngara, que estiveram hospedados na Prelazia em 1937”.
Quanto a acusação de ser simpatizante da Ação Integralista, dom Manoel Koenner afirmou que de fato no ano de 1933 foi simpatizante desse movimento político, mas que em 1934 ele se desligou do mesmo por considerar que os dirigentes políticos do Integralismo não

sexta-feira, 2 de maio de 2014

SANTA TEREZINHA DE ITAIPU, ANTES CRICIUMA E DISTRITO DE FOZ DO IGUACU

Até 2 de maio de 1982, a antiga Vila Criciúma fazia parte do município de Foz do Iguaçu. A partir de 3 de maio de 1982, com a emancipação e elevação à categoria de cidade, passou a denominar-se Santa Terezinha de Itaipu.
A história de Santa Terezinha de Itaipu confunde-se com a de muitas outras cidades da região Oeste do Paraná, pela forma de colonização. Durante o ciclo da erva-mate e da madeira, onde hoje se encontra a sede do Município de Santa Terezinha de Itaipu, havia uma mata densa e compacta, rica em madeira de alto valor comercial.
No início do século XX, foram feitas algumas concessões para a exploração da erva-mate, a atual área do município fazia parte destas concessões, as quais posteriormente voltaram a incorporar-se ao Patrimônio da União.
Na década de 50, a Colonizadora Criciúma adquiriu do governo do Paraná a preços irrisórios glebas de terra na região, com a finalidade de colonização.
Iniciou-se então o êxodo de famílias de Santa Catarina em busca de terras para o cultivo de suas lavouras. Estas famílias almejavam transformar a região Oeste, ainda coberta pela mata virgem, em cafezais, a exemplo da região Norte do estado. Segundo os corretores da época, seria realizado um tipo de plantação e cultivo de café chamado "sombreado", uma nova espécie que havia sido inventada para facilitar nas transações de terra.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

PIONEIRO DE FOZ FOI MOLESTADO PELA PF POR TER CRITICADO LICITAÇAO NO PNI

Uma matéria com o título “Cataratas do Iguaçu arrendadas por 10 anos” rendeu ao pioneiro do jornalismo iguaçuense Almir  Antônio Machado Nunes uma série de aborrecimentos, inclusive um Inquérito instaurado pela Polícia Federal e a “cassação” de seu cartão de fronteiriço, que era emitido pela Polícia Federal.
A ação policial desencadeada em setembro/outubro de 1971 teve origem numa queixa encaminhada ao órgão pelo administrador do Parque Nacional do Iguaçu, Coronel Jaime  de Paiva Bello. No documento enviado à Polícia Federal, o coronel Jaime, acusa Almir Nunes de se valer do semanário “O Jornal de Foz” para jogar a população contra as autoridades e cita a matéria escrita pelo  jornalista e que teve como fonte um discurso feito na Tribuna da Câmara Municipal, pelo vereador arenista Evandro Stelle Teixeira.
Na matéria parte do discurso de Teixeira foi transcrito e nele o vereador denunciou contrato em que o IBDF arrendou por dez anos a exploração da área de visitação das Cataratas para a Empresa de Hotéis e Turismo de Foz do Iguaçu.  Segundo Teixeira, o contrato de arrendamento seria lesivo ao país devido as amplas concessões para exploração de serviços  e pela  cláusula que permitia sua renovação ad eternum.

A LUTA DOS ESTUDANTES DE FOZ PARA A CRIAÇÃO DA UNIOESTE

 O jornal Pensamento Acadêmico, órgão de divulgação do Diretório Acadêmico 7 de julho, em sua
edição de maio de 1986 destacou a luta dos estudantes da antiga Facisa (Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas)  para a criação da Unioeste. O Diretório Acadêmico era dirigido por : Adão  Luiz Almeida (presidente), Fidel Alvarenga (vice-presidente, Ângela Papandrea (1ª Secretária), Diva Rocha (segunda-secretária), Rubens Postale (segundo-tesoureiro);  Georgen Silva (segundo-tesoureiro). Conselho Fiscal: Ezequias Dias, Jorge Castagnaro, Flavio Eisele, Rosane Luiz Carlos Leal, Nivaldo Carvalho e Júlio Cezar Vargas Ramires.

JK QUERIA INAUGURAÇAO DA PONTE DA AMIZADE DURANTE EM SEU MANDATO

Apesar do ritmo dado por Juscelino Kubitschek e  a contratação de duzentos e cinquenta homens para a construção da ponte da Amizade, que liga Brasil ao Paraguai, a obra não foi concluída no prazo estipulado pelo presidente JK, que desejava fazer a inauguração em 1960. A ponte foi inaugurada somente em 1965.

FECHAMENTOS DO CENTRO AGRICOLA DE FOZ DURANTE 2ª GUERRA



Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, os alemães e seus descendentes receberam atenção especial da Polícia Política do Estado Novo.  Embasados na Legislação do Estado de Guerra", agentes policiais fecharam o então Centro Agrícola e Social, com a alegação de ser a maioria de seus sócios de origem alemã.


No dia 13 de novembro de 1942, o então Delegado Regional de Polícia decretou a extinção  do Centro Agrícola, que estava instalado na Rua Almirante Barroso, apreendendo seus haveres, estoque e documentos, e acusou a diretoria e sócios de atividades a favor do "eixo".