A região de Foz do Iguaçu pode ser caracterizada pela sua forma de trabalho, com a
utilização dos mensús que eram contratados para retirar erva mate e trabalhar no corte de madeira para
os argentinos, donos das terras, venderem a empresas argentinas que, por sua
vez, vendiam esses produtos na capital desse país. Os mensús eram trabalhadores mensalistas, de origem paraguaia, o que
favoreceu a presença e a utilização da língua guarani e o espanhol por muito
tempo na região. A ausência de meios de transporte e comunicação permitiu que
esse processo se mantivesse pelo menos até 1940.
Nota-se que a extração de erva e
de madeira prejudicava o desenvolvimento e a ocupação da cidade uma vez que
essa economia não era muito chamativa para a atração de brasileiros, pois
utilizava em larga escala a mão-de-obra da própria região contratada a baixos
salários, sendo o desenvolvimento da agricultura uma solução para a esse
problema.
Barco Sao Francisco |
Nota-se então um grande numero de portos nas margens do rio Paraná.
Esses portos pertenciam aos
obrageros que exploravam as matas retirand erva mate e a madeira, principal
fonte econômica dessa região. Foi essa característica social e econômica que os
militares tiveram que enfrentar para nacionalizar essa região.
Os conflitos de interesses
provinham de que as obrages eram pertencentes a pessoas de descendência
argentina e de trabalhadores, na sua maioria, de paraguaios ou índios
“civilizados”. Estes tinham como fonte de renda a exploração as matas e os
militares tinham como função sistematizar essa economia e de programar a
administração do Estado brasileiro.
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