As acoes dos dedo-duros durante a segunda guerra mundial não perdoaram nem as autoridades
religiosas. Em 1942, a
partir de uma denúncia do
escrivão Aracy
Albuquerque Neira, o prelado de Foz do Iguaçu, monsenhor dom Manoel Koenner,
foi preso e processado sob a acusação de “haver praticado delito previsto pelo artigo 13 da Lei de Segurança Nacional”. As autoridades
policiais alegaram como motivo para a prisão, ocorrida em 19 de janeiro de
1942, terem encontrado uns caixotes na Prelazia, contendo armas de caça,
munição,discos alemães e materiais de farmácia, entre outros objetos.
Em
seu relatório, o delegado regional de Polícia, Gláucio Guiss, chegou ao cúmulo
de afirmar que a congregação do Verbo Divino, a que pertencia dom Manoel
Koenner, era uma “grande rede de espionagem alemã no Brasil”.
Na
ânsia de mostrar serviço aos seus superiores, o delegado Gláucio Guiss
informou, no relatório que escreveu às autoridades de Curitiba, que nos
caixotes depositados na prelazia, foram encontrados “material bélico e munições
de guerra, além de propaganda da Ação Integralista do Brasil, organização de
inspiração fascista e dirigida por Plínio Salgado”.
Já em seu depoimento, prestado ao
delegado Gláucio Guiss em 19 de janeiro de 1942, dom Manoel Koenner afirmou que
desconhecia o conteúdo dos caixões, nos quais nunca mexeu por recomendação de seus antecessores, padres
Theodoro Harnecke e Vicente Hackl, presumindo serem de propriedade de um
“arquiduque, um médico, um químico e um piloto, todos de nacionalidade húngara,
que estiveram hospedados na Prelazia em 1937”.
Quanto a acusação de ser
simpatizante da Ação Integralista, dom Manoel Koenner afirmou que de fato no
ano de 1933 foi simpatizante desse movimento político, mas que em 1934 ele se
desligou do mesmo por considerar que os dirigentes políticos do Integralismo
não