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terça-feira, 6 de maio de 2014

REVOLTOSOS PAULISTAS E GAÚCHOS EM FOZ DO IGUAÇU


Monsenhor Guilherme, Saulo Ferreira e os revoltosos
Revoltosos ocupam casa da família Schimmelpfeng.
 De terno branco o compositor Samuel Aguaio
O ano de 1925 iniciava de forma tranquila para a pequena cidade de Foz do Iguaçu, mas pelo Brasil afora fortes tensões e graves problemas políticos cresciam desde 1922. Estouravam vários levantes armados pelo país, com os mais sérios ocorrendo em São  Paulo e no Rio Grande do Sul. O presidente Arthur Bernardes (1922-1926) governou o país em constante estado de sítio, apoiado por lideranças rurais, em um sistema que isolava politicamente os grupos urbanos. Diante desse quadro, a classe média em ascensão - militares, funcionários públicos, pequenos proprietários e trabalhadores em geral - começaram a reivindicar sua fatia no bolo. O clima de tensão culminou no tenentismo, movimento que promoveu vários levantes contra o governo, como o ocorrido em São Paulo em julho de 1924.

Estes movimentos eram sempre motivados pela insatisfação generalizada da jovem oficialidade militar em relação a política do então presidente da República, o mineiro Artur Bernardes. As forças do governo em pouco tempo esmagam estas ações, mas os grupos revoltosos de São Paulo e do Rio Grande do Sul resistem e formam duas colunas revolucionárias. Os paulistas eram comandados pelo general Miguel Costa e os gaúchos pelo tenente engenheiro Luís Carlos Prestes. No dia 11 de abril de 1925 os dois grupos se encontram em Foz do Iguaçu. Deste encontro os revoltosos, como ficaram conhecidos na época, decidem realizar a “guerra de movimento”, percorreu 25 mil km pelo interior do Brasil.

 

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