Monsenhor Guilherme, Saulo Ferreira e os revoltosos |
Revoltosos ocupam casa da família Schimmelpfeng. De terno branco o compositor Samuel Aguaio |
O ano de 1925 iniciava de forma tranquila para a pequena cidade de Foz
do Iguaçu, mas pelo Brasil afora fortes tensões e graves problemas políticos
cresciam desde 1922. Estouravam vários levantes armados pelo país, com os mais
sérios ocorrendo em São Paulo e no Rio Grande do Sul. O presidente Arthur Bernardes
(1922-1926) governou o país em constante estado de sítio, apoiado por
lideranças rurais, em um sistema que isolava politicamente os grupos urbanos.
Diante desse quadro, a classe média em ascensão - militares, funcionários
públicos, pequenos proprietários e trabalhadores em geral - começaram a
reivindicar sua fatia no bolo. O clima de tensão culminou no tenentismo,
movimento que promoveu vários levantes contra o governo, como o ocorrido em São
Paulo em julho de 1924.
Estes movimentos eram sempre motivados pela insatisfação generalizada da
jovem oficialidade militar em relação a política do então presidente da
República, o mineiro Artur Bernardes. As forças do governo em pouco tempo esmagam
estas ações, mas os grupos revoltosos de São Paulo e do Rio Grande do Sul
resistem e formam duas colunas revolucionárias. Os paulistas eram comandados
pelo general Miguel Costa e os gaúchos pelo tenente engenheiro Luís Carlos
Prestes. No dia 11 de abril de 1925 os dois grupos se encontram em Foz do
Iguaçu. Deste encontro os revoltosos, como ficaram conhecidos na época, decidem
realizar a “guerra de movimento”, percorreu 25 mil km pelo interior do Brasil.
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