As fotografias, documentos e textos deste blog fazem parte do acervo de Aluízio Palmar, que foi composto com a colaboração de vários pioneiros de Foz do Iguaçu. Está autorizada a reprodução dos conteúdos e agradecemos a citação da fonte.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

A PRESENÇA DE PERES ESQUIVEL EM FOZ DO IGUAÇU

Era agosto de 85, Adolfo Perez Esquivel, o argentino Prêmio Nobel da Paz de 1980, veio a Foz do Iguaçu participar da 2ª Jornada de Solidariedade ao Povo Paraguaio. 

Durante dois dias exilados paraguaios e representantes de entidades defensoras dos direitos humanos vindos de vários estados brasileiros lotaram o auditório do Colégio Agrícola, para debater as formas de luta contra uma das ditaduras mais sangrentas do cone sul. Políticos e autoridades iguaçuenses primaram pela ausência naquela demonstração pública que marcou a história da cidade. Jornalistas, apenas a turma do semanário Nosso Tempo. Os demais, ah, os demais, sei lá, não importa. 
Apesar de estar com a agenda cheia, requisitado que era para proferir palestras em vários países, Esquivel veio a Foz e participou ativamente das reuniões de grupo e da plenária. Brilhou nas intervenções em defesa da democracia e dos direitos humanos. 

Naquele final de semana, por coincidência, estava marcada a inauguração de uma espécie de tribuna que o então prefeito Perci Lima havia construído sobre a calçada da esquina da Belarmino com a Brasil. Nas imediações reunia-se nas tardes de sábado um grupo de amigos para tomar cerveja e jogar conversa fora. E foi entre umas e outras que alguém teve a idéia de convidar Perez Esquivel para a inaugurar o lugar. Porém, nenhum dos membros da confraria se animou a ir até o Agrícola. Todos se cagavam de medo do SNI a da polícia secreta do general Stroessner. Foi então que o Jorge Figueiredo, que era assessor de imprensa da prefeitura, dispôs-se a levar o prefeito para fazer o convite. 

Perci topou a parada e foi até o local onde se realizava a Jornada. Conversa vai, conversa vem e acabou convencendo o ilustre convidado dos coordenadores dasJornadas de Solidariedade. Meio em dúvida se valia a pena, mas em consideração ao prefeito da cidade, Esquivel saiu do salão do Colégio Agrícola e inaugurou o local, que alguns batizaram como “Tribuna Livre”, outros de “Garganta do Diabo”, mas que acabou sendo conhecido pelo popular nome de “Boca Maldita”. 

Terminada a solenidade, o Prêmio Nobel convidou o prefeito e as demais pessoas presentes para participarem dos atos finais da Jornada de Solidariedade ao Povo Paraguaio. Educados, os membros do pequeno grupo presente na inauguração disseram que iriam em seguida. Perez Esquivel agradeceu e voltou para o encerramento do fórum antiditatorial, enquanto os “gargantudos” passaram o resto da tarde sentados no bar por conta da saideira

PRESIDENTE DA CÂMARA DE FOZ PRESTAVA CONTAS AO SNI

No documento em fac-simile, o chefe da Agência do SNI em Curitiba, coronel Valdir E. Martins, solicita ao  Presidente da Câmara Municipal deFoz do Iguaçu, que envie de forma sigilosa àquela agência cópias dos pronunciamentos do vereador Evandro Stelle Teixeira, que em seus pronunciamentos denunciava corrupão na prefeitura comandada pelo coronel Clóvis Cunha Vianna.
 Em 1965, os partidos políticos foram extintos pelo Ato Institucional nº 2, e a partir de 1968 os prefeitos de regiões consideradas “Áreas de Segurança Nacional”, como Foz do Iguaçu, passaram a ser nomeados pelo ditador de plantão.

ESPIONAGEM E DELACOES EM FOZ DO IGUACU

Júlio Rocha Neto e o delegado

* Aluizio Palmar

Argeu Saraiva Valério era um daqueles delegados de polícia zelosos em servir e bajular seus chefia da delegacia de Foz do Iguaçu, ele entrou em choque com o comando político do município, que na época era exercido por Júlio Rocha Neto, então presidente da Arena. No país, governado pelo general Garrastazu Médici, a Arena mandava e desmandava e seus chefes eram as autoridades máximas nos municípios.
superiores. Em 1972, ocupando a

Certa ocasião, Argeu Saraiva foi convocado para ir até o escritório de Julio Rocha Neto. Imaginando que deveria ser alguma bronca, o delegado, antes que Julinho dissesse alguma coisa, encheu o chefe da Arena de elogios e jurou lealdade ao partido e a “revolução”. Comentou, inclusive, seus serviços de espionagem e delação daqueles que se opunham ao sistema político imposto ao País. Mas a lengalenga do delegado não durou muito. Todo-poderoso, o representante do partido da ditadura em Foz do Iguaçu interrompeu Argeu Saraiva e foi logo dizendo:

- O senhor está contrariando meus amigos e correligionários e isso eu não admito.
- Mas doutor ...
- Já falei com o deputado João Mansur e o senhor vai ser transferido
- ... eu sou um homem leal ao governo, doutor e se depender de mim não vou pedir minha transferência.
- Eu só estou comunicando ao senhor a nossa decisão.

Dito isso Julio Rocha Neto, ajeitou uns papéis que estavam em cima da escrivaninha, levantou-se da cadeira, caminhou até a porta do escritório e a abriu de par a par para o delegado sair.
Magoado com o acontecido, Argeu Saraiva foi até a delegacia que funcionava num prédio localizado na Rua Rio Branco, onde hoje é a Praça da Paz, e escreveu um longo relatório ao delegado Chefe da Divisão Policial do Interior, Ricardo Taborda Ribas.

Em sua narração, Saraiva botou merda no ventilador e escrachou de uma só vez todos os políticos iguaçuenses. Destilando veneno, o delegado relatou pormenores da vida particular de cada um, para por fim dizer que nenhum deles tinha moralpara pedir sua cabeça.

Não deu outra. Saraiva acabou se queimando com seus superiores. Quebrou a cara ao revelar a vida íntima de seus desafetos. 

sábado, 7 de junho de 2014

O TRANSPORTE FLUVIAL PELO RIO PARANA

No inicio da colonização, Foz do Iguacu era um local de difícil acesso e a principal via de transporte era a fluvial. 

Barcos subiam e desciam o Rio Parana, transportando gente e mercadorias.




O TRANSPORTE FLUVIAL PELO RIO PARANA DURANTE O PERÍODO EXTRATIVISTA

A região de Foz do Iguaçu pode ser caracterizada pela sua forma de trabalho, com a utilização dos mensús que eram contratados para retirar erva mate e trabalhar no corte de madeira para os argentinos, donos das terras, venderem a empresas argentinas que, por sua vez, vendiam esses produtos na capital desse país. Os mensús eram trabalhadores mensalistas, de origem paraguaia, o que favoreceu a presença e a utilização da língua guarani e o espanhol por muito tempo na região. A ausência de meios de transporte e comunicação permitiu que esse processo se mantivesse pelo menos até 1940. 
Nota-se que a extração de erva e de madeira prejudicava o desenvolvimento e a ocupação da cidade uma vez que essa economia não era muito chamativa para a atração de brasileiros, pois utilizava em larga escala a mão-de-obra da própria região contratada a baixos salários, sendo o desenvolvimento da agricultura uma solução para a esse problema. 
Barco Sao Francisco

Nota-se então um grande numero de portos nas margens do rio Paraná.  
Esses portos pertenciam aos obrageros que exploravam as matas retirand erva mate e a madeira, principal fonte econômica dessa região. Foi essa característica social e econômica que os militares tiveram que enfrentar para nacionalizar essa região.
Os conflitos de interesses provinham de que as obrages eram pertencentes a pessoas de descendência argentina e de trabalhadores, na sua maioria, de paraguaios ou índios “civilizados”. Estes tinham como fonte de renda a exploração as matas e os militares tinham como função sistematizar essa economia e de programar a administração do Estado brasileiro.

Fonte:Evandro Ritt (PPGHS, UEL)                                                                                         Gilmar Arruda (PPGHS, UEL)


sexta-feira, 9 de maio de 2014

BARRAGEIROS - A FORÇA OBRERA NA CONSTRUÇÃO DE ITAIPU


O transporte dos operários que construíram a Usina de Itaipu reflete muito bem divisão social do trabalho. Os barrageiros eram conduzidos para o “canteiro de obra” em veículos imensos, com carrocerias construídas especialmente para levar grande numero de trabalhadores.
Os “cata barrageiro” , como eram conhecidos, percorriam bairros e cruzavam o centro apanhando os peões, que aguardavam nos pontos. Eles viajavam em pé, espremidos e durante horas tinham de enfrentar o barulho constante, o calor insuportável e o ritmo nervoso  de trabalho determinado pelo cronograma da construção de Itaipu. 
(Foto acervo jornal Nosso Tempo - 1980)  

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A FAÇANHA DA CONCRETAGEM DA REPRESA DE ITAIPU


Começa uma nova e efervescente etapa da construção da Hidrelétrica de Itaipu Binacional.
A concretagem da represa principal.

Em um só dia, 14 de novembro de 1978, são despejados 7.207 metros cúbicos de concreto, o equivalente a um edifício de dez pisos cada hora, o seja, 24 edifícios no mesmo dia.

terça-feira, 6 de maio de 2014

A MAJESTOSA PALMEIRA DO TRI


A palmeira da fotografia era conhecida como Palmeira do Tri, em homenagem ‘a seleção de futebol do Brasil que havia conquistado o Tricampeonato Mundial.
Ela nasceu e cresceu na margem brasileira do Rio Paraná e chamou atenção por ser três palmeiras em um só tronco. Quando tinha quase trinta anos a palmeira anômala foi transplantada da barranca do Paranazão para a Praça Almirante Tamandaré. Durante anos ficou ali, majestosa, decorando a praça que fica em frente ao antigo Hotel Cassino, hoje sede do Senac, até que morreu no segundo semestre de 1990.

   Fotos do site WWW.nossotempodigital.com.br

 

REVOLTOSOS PAULISTAS E GAÚCHOS EM FOZ DO IGUAÇU


Monsenhor Guilherme, Saulo Ferreira e os revoltosos
Revoltosos ocupam casa da família Schimmelpfeng.
 De terno branco o compositor Samuel Aguaio
O ano de 1925 iniciava de forma tranquila para a pequena cidade de Foz do Iguaçu, mas pelo Brasil afora fortes tensões e graves problemas políticos cresciam desde 1922. Estouravam vários levantes armados pelo país, com os mais sérios ocorrendo em São  Paulo e no Rio Grande do Sul. O presidente Arthur Bernardes (1922-1926) governou o país em constante estado de sítio, apoiado por lideranças rurais, em um sistema que isolava politicamente os grupos urbanos. Diante desse quadro, a classe média em ascensão - militares, funcionários públicos, pequenos proprietários e trabalhadores em geral - começaram a reivindicar sua fatia no bolo. O clima de tensão culminou no tenentismo, movimento que promoveu vários levantes contra o governo, como o ocorrido em São Paulo em julho de 1924.

Estes movimentos eram sempre motivados pela insatisfação generalizada da jovem oficialidade militar em relação a política do então presidente da República, o mineiro Artur Bernardes. As forças do governo em pouco tempo esmagam estas ações, mas os grupos revoltosos de São Paulo e do Rio Grande do Sul resistem e formam duas colunas revolucionárias. Os paulistas eram comandados pelo general Miguel Costa e os gaúchos pelo tenente engenheiro Luís Carlos Prestes. No dia 11 de abril de 1925 os dois grupos se encontram em Foz do Iguaçu. Deste encontro os revoltosos, como ficaram conhecidos na época, decidem realizar a “guerra de movimento”, percorreu 25 mil km pelo interior do Brasil.

 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

J.MELLO, O GENTIL ASSESSOR DE IMPRENSA DA CÂMARA MUNICIPAL NA DÉCADA DE 80


Eu conheci o Mello desse jeito, fone de ouvido devidamente colocado nos auriculares e fazendo anotações sobre a sessão da Câmara de Vereadores. Isso foi na década de oitenta,nos primeiros anos.  Ele escrevia os releases, fornecia ata da sessão quando solicitado e distribuía fotos. E isso ai, o velho Mello era um faz do repórter, fotografo e assessor. Atendia a imprensa e ajudava Nuria,Renate e Joni.  Todo mundo o conhecia por Mello, ou J.Mello - como ele assinava seus artigos e poesias.  Bem mais tarde fiquei sabendo que o nome do gentil assessor de imprensa da Câmara Municipal era Paulo Menezes Ferraz.  

domingo, 4 de maio de 2014

A PRISÃO DO PÁROCO DE FOZ DO IGUAÇU


As acoes dos dedo-duros durante a segunda guerra mundial não perdoaram nem as autoridades religiosas. Em 1942, a partir de uma denúncia  do
escrivão Aracy Albuquerque Neira, o prelado de Foz do Iguaçu, monsenhor dom Manoel Koenner, foi preso e processado sob a acusação de “haver praticado delito previsto  pelo artigo 13  da Lei de Segurança Nacional”. As autoridades policiais alegaram como motivo para a prisão, ocorrida em 19 de janeiro de 1942, terem encontrado uns caixotes na Prelazia, contendo armas de caça, munição,discos alemães e materiais de farmácia, entre outros objetos.
Em seu relatório, o delegado regional de Polícia, Gláucio Guiss, chegou ao cúmulo de afirmar que a congregação do Verbo Divino, a que pertencia dom Manoel Koenner, era uma “grande rede de espionagem alemã no Brasil”.
Na ânsia de mostrar serviço aos seus superiores, o delegado Gláucio Guiss informou, no relatório que escreveu às autoridades de Curitiba, que nos caixotes depositados na prelazia, foram encontrados “material bélico e munições de guerra, além de propaganda da Ação Integralista do Brasil, organização de inspiração fascista e dirigida por Plínio Salgado”.     
Já em seu depoimento, prestado ao delegado Gláucio Guiss em 19 de janeiro de 1942, dom Manoel Koenner afirmou que desconhecia o conteúdo dos caixões, nos quais nunca mexeu  por recomendação de seus antecessores, padres Theodoro Harnecke e Vicente Hackl, presumindo serem de propriedade de um “arquiduque, um médico, um químico e um piloto, todos de nacionalidade húngara, que estiveram hospedados na Prelazia em 1937”.
Quanto a acusação de ser simpatizante da Ação Integralista, dom Manoel Koenner afirmou que de fato no ano de 1933 foi simpatizante desse movimento político, mas que em 1934 ele se desligou do mesmo por considerar que os dirigentes políticos do Integralismo não

sexta-feira, 2 de maio de 2014

SANTA TEREZINHA DE ITAIPU, ANTES CRICIUMA E DISTRITO DE FOZ DO IGUACU

Até 2 de maio de 1982, a antiga Vila Criciúma fazia parte do município de Foz do Iguaçu. A partir de 3 de maio de 1982, com a emancipação e elevação à categoria de cidade, passou a denominar-se Santa Terezinha de Itaipu.
A história de Santa Terezinha de Itaipu confunde-se com a de muitas outras cidades da região Oeste do Paraná, pela forma de colonização. Durante o ciclo da erva-mate e da madeira, onde hoje se encontra a sede do Município de Santa Terezinha de Itaipu, havia uma mata densa e compacta, rica em madeira de alto valor comercial.
No início do século XX, foram feitas algumas concessões para a exploração da erva-mate, a atual área do município fazia parte destas concessões, as quais posteriormente voltaram a incorporar-se ao Patrimônio da União.
Na década de 50, a Colonizadora Criciúma adquiriu do governo do Paraná a preços irrisórios glebas de terra na região, com a finalidade de colonização.
Iniciou-se então o êxodo de famílias de Santa Catarina em busca de terras para o cultivo de suas lavouras. Estas famílias almejavam transformar a região Oeste, ainda coberta pela mata virgem, em cafezais, a exemplo da região Norte do estado. Segundo os corretores da época, seria realizado um tipo de plantação e cultivo de café chamado "sombreado", uma nova espécie que havia sido inventada para facilitar nas transações de terra.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

PIONEIRO DE FOZ FOI MOLESTADO PELA PF POR TER CRITICADO LICITAÇAO NO PNI

Uma matéria com o título “Cataratas do Iguaçu arrendadas por 10 anos” rendeu ao pioneiro do jornalismo iguaçuense Almir  Antônio Machado Nunes uma série de aborrecimentos, inclusive um Inquérito instaurado pela Polícia Federal e a “cassação” de seu cartão de fronteiriço, que era emitido pela Polícia Federal.
A ação policial desencadeada em setembro/outubro de 1971 teve origem numa queixa encaminhada ao órgão pelo administrador do Parque Nacional do Iguaçu, Coronel Jaime  de Paiva Bello. No documento enviado à Polícia Federal, o coronel Jaime, acusa Almir Nunes de se valer do semanário “O Jornal de Foz” para jogar a população contra as autoridades e cita a matéria escrita pelo  jornalista e que teve como fonte um discurso feito na Tribuna da Câmara Municipal, pelo vereador arenista Evandro Stelle Teixeira.
Na matéria parte do discurso de Teixeira foi transcrito e nele o vereador denunciou contrato em que o IBDF arrendou por dez anos a exploração da área de visitação das Cataratas para a Empresa de Hotéis e Turismo de Foz do Iguaçu.  Segundo Teixeira, o contrato de arrendamento seria lesivo ao país devido as amplas concessões para exploração de serviços  e pela  cláusula que permitia sua renovação ad eternum.

A LUTA DOS ESTUDANTES DE FOZ PARA A CRIAÇÃO DA UNIOESTE

 O jornal Pensamento Acadêmico, órgão de divulgação do Diretório Acadêmico 7 de julho, em sua
edição de maio de 1986 destacou a luta dos estudantes da antiga Facisa (Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas)  para a criação da Unioeste. O Diretório Acadêmico era dirigido por : Adão  Luiz Almeida (presidente), Fidel Alvarenga (vice-presidente, Ângela Papandrea (1ª Secretária), Diva Rocha (segunda-secretária), Rubens Postale (segundo-tesoureiro);  Georgen Silva (segundo-tesoureiro). Conselho Fiscal: Ezequias Dias, Jorge Castagnaro, Flavio Eisele, Rosane Luiz Carlos Leal, Nivaldo Carvalho e Júlio Cezar Vargas Ramires.

JK QUERIA INAUGURAÇAO DA PONTE DA AMIZADE DURANTE EM SEU MANDATO

Apesar do ritmo dado por Juscelino Kubitschek e  a contratação de duzentos e cinquenta homens para a construção da ponte da Amizade, que liga Brasil ao Paraguai, a obra não foi concluída no prazo estipulado pelo presidente JK, que desejava fazer a inauguração em 1960. A ponte foi inaugurada somente em 1965.

FECHAMENTOS DO CENTRO AGRICOLA DE FOZ DURANTE 2ª GUERRA



Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, os alemães e seus descendentes receberam atenção especial da Polícia Política do Estado Novo.  Embasados na Legislação do Estado de Guerra", agentes policiais fecharam o então Centro Agrícola e Social, com a alegação de ser a maioria de seus sócios de origem alemã.


No dia 13 de novembro de 1942, o então Delegado Regional de Polícia decretou a extinção  do Centro Agrícola, que estava instalado na Rua Almirante Barroso, apreendendo seus haveres, estoque e documentos, e acusou a diretoria e sócios de atividades a favor do "eixo".


quarta-feira, 30 de abril de 2014

FOTOS DE FLORA RAHMEIER E FILHOS


Família reunida
Família reunida em dia de festa
A pioneira Flora Rahmeier chegou em  Foz    do     Iguaçu na década de 20. Ela e seus irmãos e irmãs viajaram de carroça desde União da Vitória. Seu pai Carlos e sua mãe Frida vieram para a  fronteira em busca de terra fértil e suficiente para criar os filhos. 
Dona Flora e filhos 
Em 18 de maio de 1940, Flora casou com o iguaçuense Leonardo Almeida e o casal teve seis filhos.
Flora ficou viúva com 33 anos e durante toda sua vida trabalhou, hora costurando pra fora, hora trabalhando em hotéis, geralmente no cargo de governanta..
Hoje, com 93 anos, dona Flora mora no Bairro Maracanã.
  






PERSEGUIÇAO AOS COLONOS ALEMÃES E ITALIANOS EM FOZ DO IGUAÇU DURANTE SEGUNDA GUERRA

Em 1942 foi decretada a “Lei de Fronteira” que dava total autonomia para as autoridades policiais e militares agirem no controle e repressão às colônias alemãs e italianas no Brasil. As informações foram desencadeadas a partir de informações coletadas, que davam  conta da existência de uma forte organização ligada ao Partido Nazista  Alemão, através da Ação Integralista Brasileira, dirigida por Plínio Salgado. Entre as organizações que atuavam no Brasil estavam os Círculos de Apoio ao Partido Nazista, a Juventude Teuto-Brasileira, a Comunhão das Mulheres Nazistas e outras. Exerciam estas organizações uma flagrante autoridade sobre as escolas, hospitais, maternidades, sociedades de todo o gênero,comércio e indústrias pertencentes a alemães.Não é, portanto, de se estranhar que, dentro deste contexto, a colônia alemã de Foz do Iguaçu sofresse perseguições, provocadas, na maioria das vezes,  por informações de indivíduos  interessados em estar bem com as autoridades e por aproveitadores que estavam de olho nas propriedades dos colonos.
Naquela época o medo reinava entre os colonos de origem alemã e italiana, espalhados em pequenas e médias chácaras ao longo da Estrada Velha para Guarapuava e nas regiões de Santo Alberto e São João.
Havia rumores de que os colonos estavam fazendo reuniões e que muitos de seus membros colaboravam com o nazismo.
É aí que entra em cena o escrivão de polícia, Aracy Albuquerque Neira, considerado por muitos como um dos responsáveis pelas perseguições e prisões ocorridas em Foz do Iguaçu.
Falar alemão naqueles dias era extremamente perigoso. Podia significar prisão, confinamento ou morte. Testemunhas desses acontecimentos acusaram o delegado Cláucio Guiss e o agrimensor da prefeitura Otto Kucinski, como responsáveis pelas informações chegadas a Curitiba de que “os alemães de Foz do Iguaçu estavam se armando e que durante as reuniões gritavam a famosa saudação nazista “Heil Hitler”.
Devido a esses boatos, muitos colonos foram presos e enviados para Guarapuava . Os documentos anexados informam os desterros e retorno de famílias pioneiras de Foz do Iguaçu, como, a família Nadai, Kapfenberger, Holler, e outras

PÁROCO DE FOZ DO IGUAÇU FOI ACUSADO DE NAZISTA

Prisão do Pároco de Foz (1ª Parte)


De 1937 à 1944, o então Pároco da Prelazia de Foz do Iguaçu, Monsenhor Dom Manoel Konner penou nas mãos das autoridades da época. Assim que o Brasil entrou na guerra alemães, italianos e japoseses que moravam no Brasil foram perseguidos e muitos chegaram a ser presos. Contra Dom Manoel Koenner havia a acusação de cumplicidade com o nazismo, devido ao fato dele ter guardado caixas com materiais suspeitos deixados no Prédio da Prelazia em 1934 pelo Arquiduque Albrech de Habsburgo.
No dia nove de outubro de 1943, dom Manoel Koenner foi condenado a três anos de prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional. Sua libertação só foi possível graças aos pedidos encaminhados  pelos religiosos à dona Carmela, esposa do então ministro da Guerra, marechal Eurico Gaspar Dutra, conhecida por sua extremada fé católica. Seu caso foi revisto pelos juízes, tendo sido absolvido e reabilitado em sua plenitude. Três anos depois, já eleito presidente da República,sempre influenciado por dona Carmela, Dutra cancelou o registro do Partido Comunista, cassou o mandato de seus parlamentares e fechou os sindicatos. Foi, sem dúvida um carrasco da classe trabalhadora e bom amigo e protetor do clero. Suas simpatias pela causa integralista e pelo fascismo eram conhecidas publicamente.

ESTRANGEIROS TINHAM LIMITAÇÕES PELA LEI DE FAIXA DE FRONTEIRA

Quando Bonifácio Palma aportou em Foz do Iguaçu decidiu abrir um bar e restaurante na Avenida Brasil. Porém, naquele ano de 1955 vigorava a Lei  da Faixa de  Fronteiras que exigia uma autorização especial  e um depósito para estrangeiros se estabelecerem na região.
LEI N. 2.597 – DE 12 DE SETEMBRO DE 1955
Dispõe sobre zonas indispensáveis à defesa do país e dá outras providências.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É vedada, nos termos do art. 180 da Constituição, nas zonas indispensáveis à defesa do pais, a prática de atos referentes à concessão de terras, à abertura de vias de comunicação à instalação de meios de transmissão, à construção de pontes e estradas internacionais e ao estabelecimento ou exploração de indústrias que interessem à segurança da Nação sem o prévio assentamento do Conselho de Segurança Nacional.
Parágrafo único. As autorizações poderão ser a qualquer tempo modificadas ou cassadas pelo referido Conselho.
Art. 2º É considerada zona indispensável à defesa do país a faixa interna de 150 (cento e cinqüenta) quilômetros de largura, paralela à linha divisória do território nacional, cabendo à União sua demarcação

ITAIPU ABAIXO DA COTA 40

Primeira parte do videodocumentário realizado pelas jornalistas Adriane Tannouri e Sammela Lugo como trabalho de conclusão de curso.



EDIÇÃO QUENTÍSSIMA DO JORNAL “O TRABALHADOR”, DE GUARANÁ DE MENEZES

O jornal O Trabalhador era editado em Foz do Iguaçu. por Guaraná de Menezes e Heraldo Bastos. A edição número 11, de Maio de 1959, traz matérias sobre a ação do jaguncismo na região Oeste do Paraná, declarações rotundas de Ezoel Portes e Ney Wadson dos Santos, uma extensa matéria sobre a construção da Ponte sobre o Rio Paraná, ligando o Brasil ao Paraguai e a exibição do filme O Principie e o Parisiense, com Brigite Bardot.
A edição, raríssima, pode ser visualizada em PDF e também em JPEG.

JK PROMETEU INAUGURAR PONTE DA AMIZADE ATÉ O FINAL DE SEU MANDATO

Apesar o rítmo dado por Juscelino Kubitschek e  a contratação de duzentos e cinquenta homens foram para a construção da ponte da Amizade que liga Brasil ao Paraguai, a obra nao foi terminada no prazo previsto. Sua inauguração ocorreu .somente em 1965.

.